Classificados, rotina, cafés. O dia a dia é pesado para aqueles que são sensíveis à espera. Em “Antes que chegue maio”, a autora reúne uma série de poemas soltos, que perpassam sua ótica sobre o estar das coisas e dos sentidos. O tempo, o tédio, o ócio, as relações, o dentro e o fora. O(s) se(s). É sobre os lugares que a gente deixa, sem saber que nunca mais voltaremos a pisar ali. Pessoas que abraçamos pela última vez, sem saber. Às vezes, a tristeza ainda maior de despedir sabendo do nunca mais. Portões que a gente atravessa e não volta a cruzar. Todo e cada “adeus” que não demos. O eco de tudo aquilo que não foi dito. E depois, o que é que fica?