Dialeto das Senzalas, de Jeferson Garcia

Perder-se em si é um perigo, ao ler este livro, mas não há perigo em perder-se no cenário. Jeferson vai nos mostrando a costura, na pele, que nos conduz à trama dessa poesia/vivência/história, ou melhor, à trama da História. Nada há que não tenha ocorrido, nada há que não tenha escorrido em sangue, suor, lágrimas. Pior ainda, nada há que não continue acontecendo em cada noite, esquina ou notícia de jornal. A poesia/vivência de Jeferson nos ensina a estudar as ciências das humanidades: História, Política, Antropologia, Sociologia, Filosofia, Psicologia... Podendo até mesmo ser uma leitura acadêmica, ela foi escrita para Laudelinas rasgarem seus destinos e fazerem bagunças no quintal.  É uma poesia/vivência de militância que nos instiga a “quebrar disfarces”, olhar o espelho e, ao se incomodar com o que vê, rever. O futuro é uma mulher preta!

[Trecho do prefácio, por Zara Gentil] 

Capa comum
Edição: 1ª (2023)
Formato: 17x24cm
Páginas: 76