há uma beleza disforme nas coisas do fim, de Marília Cafe

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há uma beleza disforme nas coisas do fim é um poema em capítulos, sobre o fim, sobre a morte. Traz a perspectiva de uma voz poética (uma mosca), que observa, de muito longe, um terreno em ruínas e começa a pensar possibilidades dentro desse espaço, e traz temas como a morte, a individuação, o delírio, o sonho, o espelho, o abismo e o encontro que fazemos, de forma única, com nós mesmos, pelos símbolos, pelo tempo, pela cidade, pela natureza, pelas transformações e, principalmente, pelo crescimento, muitas vezes invisível, mas sempre doloroso e rompedor.

 

Ficha técnica
Formato: 14x21cm
Peso: 0.160kg
Acabamento: Livro brochura
Lançamento: 11/11/2023
ISBN: 978-65-86932-90-0
Selo: Pedregulho
Livro bilíngue (português / espanhol)

 

--- Sobre a autora:

Marília Cafe é escritora com formação em Letras e vasta experiência no mercado editorial ao longo de mais de uma década. Com perspectiva enraizada na vivência como pessoa autista, confere um viés singular à sua escrita, fundamentada nas divergências e nas nuances da experiência humana.

 

---

toda subida é além
as pernas são ruas
que seguem em direção
                     para o inimaginável
                     como o vento
numa tarde de sombra
passeando pelas artérias de uma árvore
                                                         qualquer
                                                             coisa que se pense
é demais para este momento
estafa tudo o que respira

.

voar
em meio ao transtorno
latente.


o encaixar de peças
neste corpo exausto
é triste
e banal
como tentar não se molhar na chuva
com um guarda-chuva nas mãos
e chinelos nos pés


a lama sabe tudo
            sobe no ser
e toda subida é além.


existir
em meio a gritos
ensurdece
como uma pena rompendo o tempo
                                            o espaço
fazendo cócegas,
lentamente,
em busca do chão


leve
como um grão de areia
uma purpurina
um sopro
que tira do olho o cisco

fiasco

de uma vida
sobra o sonho
          o baque


uma queda que arranca a tampa do joelho
um banquete sem convidados

a expansão do nada
em conta-gotas
no universo

um momento de calma
                      de crise
respiro embaixo d’água
caldo de mar no sábado
raio partindo a nuvem

ser tão grande
quanto uma montanha

rolar
como uma tromba d’água

parar como pedra
ouvir sons que reverberam
na expansão que traz a aurora

:

                            há uma beleza
                            disforme
                            nas coisas do fim

                            as ações
                            a natureza
                            o tempo comendo tudo
                            a gente

                            é inevitável
                            renascer do que apodrece.

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