No universo da poesia, a habilidade de desvendar novas perspectivas para a existência é uma força inestimável. Em tempos onde a rigidez da vida se faz sentir, em meio às polaridades e extremos que nos cercam, essa capacidade torna-se uma busca urgente. Em sua quinta obra, intitulada "Sutilezas, Fins", o autor Eduardo A. A. Almeida nos convida a apreciar a beleza na delicadeza, a mergulhar na profundidade das emoções e a vislumbrar um refúgio na condição contemporânea.
Neste livro, Eduardo A. A. Almeida apresenta pela primeira vez uma coletânea exclusiva de poemas, explorando o poder das palavras para revelar a sutileza que muitas vezes escapa ao olhar superficial. Cada verso é uma janela para um mundo interior, um convite para mergulhar em nuances e detalhes que podem escapar ao olhar desatento.
Através da poesia, o autor nos conduz por um caminho que busca transcender as limitações das divisões e extremos que caracterizam o mundo moderno. Ao focar na apreciação da delicadeza e da profundidade, ele nos convida a encontrar uma saída para os desafios da nossa época. É um convite para refletir sobre nossas próprias experiências e emoções, e ao fazê-lo, descobrir a beleza nas pequenas coisas que muitas vezes passam despercebidas.
"Sutilezas, Fins" é uma jornada poética que nos desafia a olhar para além das aparências e a buscar a essência da vida. Nesse livro, Eduardo A. A. Almeida nos lembra que, mesmo em meio às turbulências e extremos, a poesia tem o poder de nos conectar com a beleza sutil que permeia nossa existência.
Capa comum
Edição: 1ª (2022)
Formato: 13x19cm
Páginas: 116
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A forma se nutre de matéria orgânica
Estrutura exposta do movimento
desafoga o aperto, desfaz
a si mesma outra
prestes a cair
não fosse
a gravidade manter o chão
onde está
Onde
leve ressoa longe
estende os fios, linhas de força a
tocar o fora, dentro
núcleo vazio: potência
desejo de conexão
e pode, vai
a planta do pé
aterrada na vida crua
A pedra é mais vento
do que pensa ser.
--x--
Ser
no limite da
incerteza
Estar
no fundo do
infinito
Mergulhar
no exato do
irreal
Voltar
as costas à
indiferença
Aprofundar
na ponte
flutuante.