Escrito entre 2016 e 2019, o livro nasceu em meio a um turbilhão de emoções que exigiram ou foram consequências do processo de “desterritorialização” e “reterritorialização” de diversos espaços existenciais. O processo de luto da morte da avó do autor, a entrada no mercado de trabalho como professor da rede pública, a realização do mestrado e a dolorosa saída do ninho para morar sozinho, tudo isso vivido ao mesmo tempo, implicou na construção de novos espaços e de novas relações que o obrigaram a reconhecer que o universo, além de curvo, como definiu de forma bela e científica Einstein e Niemeyer, é também turvo para todos aqueles que nele habitam sem vislumbrá-lo linear – ou, para ser mais atual, plano.