"eu não sou uma coisa só / nunca fui."
Como se entender num mundo tão diverso [e difícil] quanto o que vivemos? Agora é uma catarse, um lampejo que surgiu em meio às flutuações pelas definições de gênero e traz questões como autoentendimento, descobertas e aceitação.
Capa comum
Edição: 1ª (2022)
Páginas: 60
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estar aqui
agora
desatando nós que existem historicamente
numa busca por me definir
e a única coisa que consigo é pensar que
se eu fosse mulher
se eu fosse homem
se eu fosse uma minhoca
eu sei quem eu amo
e sei também que não me encaixo em nada.
a primeira vez que se fala isso
depois dos trinta
é assustador
além da crença de gênero
entender
respeitar
aceitar o plural
que existiu sempre dentro de mim
e que até agora o portal
que sou eu
esteve fechado
é muito tempo se dedicando
a uma afirmação do que se é
pra depois ser outra coisa
e tudo bem
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