Minha tia minha sempre dizia que ainda veria o dia que eu sairia do meu casulo e alçaria voos altos. Eu, me sentindo uma lagartinha feia e sem talentos, encolhia-me em mim mesma sem perspectiva de evolução. Até que a terapia e as palavras vieram em meu auxílio. Por meio de cada sílaba que eu escrevia, uma parte de minha crisálida se rompia e a luz entrava. Pouco a pouco minhas asas destruíram as paredes que me continham e tomei coragem de me expor como sou: borboleta frágil, bela, intensa e que não tem mais tanto medo de ser quem é.
Em minha poesia você encontrará de tudo: de dor a acalento, de desprezo a amor, de desabafo a segredo... misturado com humanidade e identificação.
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Carolina Pacheco é uma escritora e ilustradora mineira de 22 anos de idade. Assim que aprendeu a segurar o lápis começou a desenhar e nunca mais parou, o desenho tornou-se a sua principal forma de expressão. Quando aprendeu a ler viu nos livros um milhão de possibilidades, de ser e fazer o que quiser. Ao tentar se expressar com palavras viu que formavam poemas de formatos inusitados e sem métrica alguma, foi amor à primeira escrita.